A Importância da Governança Familiar para empresas de pequeno e médio porte

A IMPORTÂNCIA DA GOVERNANÇA FAMILIAR PARA EMPRESAS
DE PEQUENO E MÉDIO PORTE

 

Por Bernardo Maia Silveira


A Governança Familiar, segundo o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), é o sistema pelo qual a família desenvolve relações e atividades empresariais, baseadas na identidade, valores, propósito, princípios e missão, bem como no estabelecimento de regras, acordos e papéis bem definidos dentro das operações familiares.

 

Na prática, a Governança Familiar acontece por meio de estruturas e processos formais, com o objetivo de obter informações seguras e garantir a qualidade da tomada de decisões nas empresas familiares, auxiliar na mitigação ou eliminação de conflitos de interesse, superar desafios e garantir a longevidade dos negócios.

 

As práticas de Governança são fundamentais inclusive para empresas de pequeno e médio porte, alinhando as vontades e necessidades da família com as da organização, criando fóruns de conversa, normas e diretrizes, e separando a organização familiar em três grandes áreas: núcleo familiar,  patrimônio construído e negócios.

 

Apesar das áreas acima serem interdependentes no contexto das empresas familiares, um dos objetivos da Governança, conforme já mencionado, é justamente fazer com que cada área seja analisada e definida separadamente pelo núcleo familiar, para que as decisões tomadas no campo empresarial, por exemplo, não interfiram negativamente na harmonia familiar e doméstica, pois o princípio basilar da Governança Familiar é garantir que a  prosperidade e o sucesso dos negócios caminhem aliados à união familiar.  

 

Neste processo de definição do que é família, patrimônio e negócio,  alguns documentos são muito importantes para estruturar e manter de forma saudável a Governança Familiar, tais como acordo de sócios, protocolo familiar e planejamento estratégico, que se recomenda sejam elaborados e revisados por agentes externos e qualificados para tratar com imparcialidade e profissionalismo a estruturação.

 

Por fim, além de todos os desafios diários enfrentados pelas empresas familiares em sua manutenção e crescimento, um ponto a ser considerado é a projeção do processo sucessório dos negócios, já que a sucessão de uma empresa familiar envolve, além dos fatores emocionais do núcleo familiar, questões essenciais, como o legado e os valores das gerações passadas, demandas financeiras e a definição e implementação da transferência do controle dos negócios para as gerações seguintes – pontos estes que são tratados e resolvidos com a Governança Familiar.

 

Assim, para que a família, o patrimônio e os negócios se mantenham da forma mais equilibrada possível, a Governança Familiar torna-se o meio para o alinhamento e construção de uma estrutura empresarial familiar forte e resiliente, combinando os aspectos tradicionais da Governança Corporativa com os aspectos do legado e valores da sucessão familiar.  

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